quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

são turvas as lágrimas que caiem de cândido rosto. são imaculados os desejos de menina inocente; o batel ainda te traz um pouco de felicidade, anunciando uma nova quimera. mas não chores, sonhadora, em triste sina, por lamentares todos os teus sonhos, que por serem fantasiosos em demasia, te chegaram já um pouco traídos. a viagem fez mal à utopia, alagou os doces antes de te chegarem às mãos. mas não chores, pequena. são mais de mil os homens, ou mesmo mais do que os teus pardos sonhos, que choraram impropérios como tu. nenhum deles voltou a renegar a cruel vida, o vil da zombaria. todos se apaziguaram, erguendo as mãos ao céu, por ainda terem pernas capazes de irem lavar o seu rosto choroso ao rio.

Um comentário:

Andreia disse...

De nada. :)

"todos se apaziguaram, erguendo as mãos ao céu, por ainda terem pernas capazes de irem lavar o seu rosto choroso ao rio. " - lindo *:*